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10 de novembro de 2006

Redecker - Gás Bolívia

 
 
Amigos Tucanos:
 
O deputado federal (PSDB) Júlio Redecker quer a convocação de dois ministros para prestarem esclarecimentos sobre o novo acordo Brasil/Bolívia. Detalhes nesta mensagem.
 
Abraços,
 
Mário Selbach
Comunicação/Redecker

GÁS BOLIVIANO

Redecker quer explicações

sobre acordo Brasil/Bolívia

 

Deputado pede convocação dos ministros de Relações Exteriores e

de Minas e Energia para detalhar acordo firmado na véspera da eleição

Esta semana, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados analisa pedido de convocação dos ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e de Minas e Energia, Silas Rondeau Cavalcante Silva. O requerimento foi apresentado pelo deputado federal Júlio Redecker (PSDB) na última semana. O parlamentar pede esclarecimentos sobre o novo acordo firmado pelo Brasil para exploração e produção de gás nos campos de San Alberto e San Antonio, na Bolívia.

Redecker solicitou, ainda, que o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, seja convidado a comparecer à comissão para detalhar o acordo com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), além de cópia do novo contrato entre as duas empresas.

Para Redecker, o documento assinado pelo governo brasileiro com a estatal boliviana a poucas horas da eleição no Brasil precisa ser melhor detalhado. “Está tudo muito nebuloso ainda, e a cada dia a Petrobrás dá novos detalhes do tratado assinado entre os dois países. Por enquanto, temos duas certezas: houve prejuízos para o Brasil e Evo Morales foi o grande vitorioso nesta queda de braço”, destaca.

Em comunicado, no final de semana, a Petrobras afirmou que o contrato, assinado às 23h de sábado em La Paz (meia-noite no Brasil), determina as novas condições para a exploração e produção de gás, mas não informa os detalhes do acordo. A companhia destacou apenas que o contrato não abordava a questão de preço do produto e das refinarias bolivianas pertencentes à Petrobras e que ainda será enviado ao Congresso Nacional boliviano para avaliação final. “O Congresso Brasileiro precisa se posicionar muito claramente sobre esta questão. A Petrobrás é patrimônio dos brasileiros e tudo indica que tivemos um crime de lesa pátria, pois não sabemos ao certo de que o Brasil abriu mão ao atender os interesses de Evo Morales”, ressaltou Redecker.

Pelo documento assinado, com validade até 2036, ficam indefinidos o preço do gás importado e o valor da indenização das refinarias da companhia brasileira. O prazo para a definição do preço do gás encerra-se em 10 de novembro.

Outra decisão é de que o novo acordo deixa com o governo boliviano metade do faturamento bruto, através do pagamento de impostos e royalties. A outra parte fica para o pagamento dos custos de operação e a amortização do investimento. O lucro será repartido entre a Petrobras e a estatal boliviana.

Ainda pelo acordo, o Brasil abre mão de reclamar em fóruns internacionais qualquer indenização, devendo a questão ser discutida na Justiça boliviana. “Não é um acordo. É entrega do patrimônio para atender um companheiro de Lula. O Brasil precisa parar de misturar ideologia com comércio internacional”, definiu Redecker.

 

Gabinete Deputado Federal Júlio Redecker

Assessoria de Comunicação – Imprensa

Mário Selbach – Reg. Prof. 7954

Release nº 040/06 – Data: 06/11/06


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