Salvador-Jornalista Visitante
| Enviada: Seg Out 09, 2006 6:51 pm Assunto: AGORA É YEDA!!! | | | Pessoal, pode ser que eu não obtenha o apoio do resto do PDT Viamão, mas já anuncio a minha posição para o segundo turno.
É YEDA 45!!!!!!!!
Ah, e segue abaixo o texto que mandei ontem para o site Observatório da Imprensa:
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Aqui no Rio Grande do Sul debate-se muito sobre Lula e Alckmin, Yeda e Olívio.
Na verdade, temos uma disputa atípica (para os padrões do Estado), pois existe um "pacote do PT" (Lula e Olívio) contra um "pacote de tucanos" (Yeda e Alckmin).
Os projetos de Lula e Alckmin me soam parecidos. Só que Alckmin é mais instruído, menos ridículo, e mais moderno. Não há muito a discutir, e na verdade, o grande lance a dividir minha opinião é: Alckmin ao menos não apóia os esquemas esquerdizantes latino-americanos, não aceitaria quieto o ROUBO da Petrobrás pelo índio cocaleiro da Bolívia, e não trocaria abraços com Hugo Chavez.
A confirmarem-se as palavras apocalípticas de Olavo de Carvalho e outros nessa linha, a derrota de Lula significa o aborto de um mal muito maior para toda a América Latina. Mas eu não vou nem discutir isso. O assunto fica para outra ocasião.
Agora, quanto a Olívio e Yeda, posso falar com certeza e conhecimento de causa.
Yeda nunca foi governadora (óbvio, ou ela não estaria concorrendo para ser a "primeira governadora mulher do RS"). Mas é economista, e é do PSDB. Não esteve envolvida na montagem do Plano Real, mas sem dúvida é da mesma vertente. Ela ficou famosa pela TV, quando ia ao ar anunciar os índices de inflação vigentes no dia.
De mais a mais, só conheço Yeda como amiga da minha avó, e ela pessoalmente não ostenta o orgulho, a arrogância, que todos os inimigos insistem em atribuir-lhe. Não sei de onde vem essa impressão.
Olívio Dutra, sim, tem experiência. Já foi governador do RS. E dele posso falar, como gaúcho e antigo "súdito" de sua majestade bigodesca.
Ah, que época mágica o governo do PT!
O MST invadia prédios públicos, acampava em praças em plena Capital, deixando uma sujeirada por onde passasse. Avenidas fechavam para o desfile dos queridinhos do governador. E a polícia nada fazia. Era uma maravilha, para pessoas como eu, sempre movidas pela curiosidade em conhecer locais exóticos. Eu nem precisava assistir ao notíciário sobre a guerra no Oriente Médio. A gente vivia aquilo tudo no dia-a-dia.
As invasões de prédios públicos eram particularmente irritantes. O MST simplesmente entrava e acampava dentro dos edifícios, armando barraquinhas na portaria. Funcionários públicos tentavam chegar ao trabalho, mas sofriam ameaças. Já as funcionárias, dependendo da forma física, tinham que ouvir gracinhas e bagaceiradas daquela boa gente desdentada, armada de facões e cercada por crianças ranhentas e nojentas. Era uma coisa realmente exótica. Mas confesso que tive pena do pessoal da limpeza desses prédios públicos aí.
Já os acampamentos nas praças eram outra atração turística da capital gaúcha. Da noite para o dia, inúmeras tendas de lona preta apareciam em um lugar qualquer e no dia seguinte, começavam os gritos: "Você aí parado também é explorado", e outros chavões da esquerda. A coisa mais engraçada eram os jovens, semi-analfabetos, totais desconhecedores da História, ostentando camisetas com a foto do Lênin, compradas nas barraquinhas dos hippies da Praça da Alfândega.
Muitos cariocas, paulistas, enfim, quem não é gaúcho, ficam com a dúvida: mas e a polícia diante disso tudo? Ora, a polícia não fazia nada, COMPANHEIRO. Quando havia uma tentativa de dissolver a balbúrdia, logo vinham os Direitos Humanos, e o comandante sofria dura reprimenda por parte do Grande Companheiro Olívio, o Rei da bigodagem.
Mas a diversão fornecida pelo governo PT não era prioridade dos "camponeses" sujos e desdentados. Também a "vanguarda intelectual" tinha seu espaço!
Caso o jovem esquerdista fosse "da paz", podia simplesmente permanecer (impunemente) fumando maconha na beira do Guaíba. Se o jovem fosse mais agitado, podia participar das "ações antiimperialistas" que o governo apoiava. Uma delas foi a destruição de um relógio que a Globo instalou em Porto Alegre como homenagem aos 500 anos da "descoberta" do Brasil. Era realmente uma cena surreal. A meninada animadamente quebrando o monumento, fazendo-o em pedaços, enquanto policiais assistiam a tudo, apenas atuando como seguranças para o caso de sair alguma briga. Mas não foi preciso que a polícia agisse. Na hora de quebrar patrimônio alheio, os companheiros são todos irmãos.
Enquanto a juventude hitleris... ops, PTista, ou sei lá, ocupava-se destruindo os "símbolos do capitalismo", e o MST invadia prédios e áreas urbanas (nunca vi eles plantando nada), a bandidagem vicejava. E o RS passou de Estado mais seguro do país à vala comum da rede nacional e internacional do tráfico, do banditismo e da vagabundagem.
Rede da qual, aliás, cocaleiros na Colômbia e em outros lugares (como a BOLÍVIA, país governado por um cocaleiro) tiram benefícios. Mas nem vamos entrar nesse assunto.
O governo Olívio poderia ter sido uma brincadeira inconseqüente, de um bando de jovens leitores de Mário Schmidt embebidos em um esquerdismo de livro didático. Mas o fato é que até hoje pagamos um alto preço.
Diversos investimentos foram mandados embora daqui, porque o governo "não queria entrar na guerra fiscal, dando concessões ao capitalismo multinacional". E até hoje, choram nossos descamisados pela fábrica da Ford que nos deixou e foi instalar-se na Bahia. Espertos foram os bahianos, que não apenas deram concessões aos "porcos capitalistas", como faturaram os 8 mil empregos dessa fábrica. E muitos outros mais. Parabéns, senhor Olívio!
Ah, mas o governo do PT teve, sim, momentos de glória internacional. E um deles foi quando Bové, aquele francês bigodudo, desembarcou por aqui com o aval do Governador. Com Bové e Olívio, somados a milhares de estudantes "conscientizados" pelo esquerdismo que invadiu as salas de aula, conseguiu-se o impensável: a destruição impune de centros de desenvolvimento de tecnologia agrícola e de organismos transgênicos.
Não se trata de vandalismo, e sim de um grupo de pessoas nostálgicas. Afinal, nostalgia extrema é isso: destruir o futuro e adorar Marx, que é do século XIX. Pelo menos, foram coerentes com seu saudosismo. Chega a ser poético.
Eu mesmo, apóio a Yeda. Desconsiderando a amizade antiga de família, e a admiração pela figura da candidata, fica ainda um argumento forte: o pavor que sinto ao imaginar o PT novamente no governo.
Agora, antes de me despedir, gostaria de largar uma última consideração para que todos reflitam: Foi em Porto Alegre que o PT conseguiu sua primeira grande vitória. E no RS também. Não por acaso, hoje o partido não está mais no poder nem na Capital e nem no Estado.
Explica-se: o PT é lindo, como novidade. Eles têm um símbolo bonitinho, candidatos diferentões, palavreado impecável, e musiquinhas que são verdadeiras obras de arte. Mas o efeito da novidade passa logo. E onde o PT já foi governo, há apenas uma opinião na boca de todo o povo: PT, Nunca Mais!!!!
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Autorizei a publicação do texto acima pelo site. E aliás, autorizo a reprodução em qualquer lugar. Esse, eu escrevi por posição mesmo.
Um abraço a todos. E podem me chamar de reacionário. Eu não dou a MÍNIMA. Reacionário é quem REAGE. Melhor do que ficar apático. | |
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